Publicação no Jornal TodoDia

"Cuidando da Saúde"
Por Elisabete Fernandes Almeida

DEPRESSÃO

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a depressão e o transtorno bipolar estão entre as dez causas mais importantes de incapacitação ao trabalho, quando não tratadas de forma adequada.

• Depressão

A doença chamada depressão é responsável por gerar apatia geral, baixa da auto-estima em graus variados, perda de interesse por quase tudo, no dia a dia e falta de vontade de interagir com as pessoas, o que resulta no isolamento social. A maioria dos casos de depressão ocorre em pessoas suscetíveis ao estresse que, se não tratado, pode tornar-se cronico ou agudo e desencadear várias patologias.

• Transtorno Bipolar

O transtorno bipolar é caracterizado por momentos de depressão alternados com uma sensação de euforia ou mania. Os quadros de depressão duram mais do que os de euforia.

• Síndrome do Pânico

Tudo ocorre em segundos, no máximo minutos. A crise, em geral, passa em 20 a 40 minutos e é seguida de sensação de cansaço, fraqueza, pernas bambas, como após um esforço físico ou um grande susto. Depois de chorar, descansar ou dormir um pouco, a pessoa volta ao normal como se nada tivesse acontecido.

IMPORTANTE

Identificar os sintomas da doença e buscar tratamento médico e psicológico adequado são os primeiros passos para tratar a doença. É importante vencer o preconceito e desconhecimento em relação aos transtornos mentais. Conhecer o histórico de doenças na saúde na família auxilia na formação do diagnóstico.

Os exercícios físicos, como caminhada, corrida, bicicleta, natação e dieta equilibrada são excelentes como auxiliares do tratamento e na prevenção também, por que a atividade física regular faz com que nosso organismo fabrique a serotonina, substância que ajuda a melhorar a disposição e o bom humor.

Aprenda a ouvir e dizer não. As limitações e frustrações existem para dar um parâmetro saudável na vida.

Pedir ajuda não torna você uma pessoa fraca, mas consciente de suas limitações como ser humano.

Reserve um tempo do seu dia para fazer algo que traga tranquilidade, e relaxe sua mente.

Dra. Elisabete F. Almeida, médica escritora, especializada em promoção de saúde para empresas (www.latinmed.com.br)

Fonte: Jornal TodoDia de Domingo, 11 de Abril de 2010. Caderno todaGente nº 333 - página 12, saúde.

Apresentação Clínica da SP (pela UNIFESP)

Achei o artigo muitíssimo interessante, e vem de fonte altamente confiável.


Entrem e confiram: http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/original3_01.htm


Até a próxima!!

Vamos enfrentar a SP?

Bem, no post de hoje resolvi colocar alguns tópicos que foram essenciais para o meu avanço contra a SP. Meu pai leu vários artigos sobre isso e dividiu comigo. Agora, eu os divido com todos vocês.


(É claro que eu ainda enfrento algumas dificuldades com relação a SP, ainda tenho surtos, porém são mais rápidos [cerca de 2 minutos] e só apresento 2 sintomas [sudorese e batimentos cardíacos acelerados]. Devo isso não só a medicação, mas também à força de vontade. Não esqueçam nunca de pensar "estou disposto a enfrentar" e também de aceitar sem que haja decepção quando, em nosso pensamento, nós "falhamos", ok?)


Há alguns dias meu pai leu artigos sobre o Distúrbio do Pânico e também sobre o treinamento dos SEALS, da marinha dos EUA. Eu não fazia idéia que o controle de ambos está de algum modo conectado.


Durante o treinamento (que recebe voluntários [aceitação]) os SEALs têm que aprender a controlar as fobias e inseguranças para saber lidar com situações estressantes e pessoas que vão desde senhores pedindo informação até terroristas. Os SEALs têm pouquíssimo tempo para reagir, e qualquer atraso pode custar a vida de alguém, por isso eles precisam saber controlar os medos para não agir por impulso. Eles fazem isso através de exercícios físicos, exercícios de respiração e de ação rápida e sem esquecer que eles trabalham em equipe.


Para enfrentar a SP, você deve primeiramente aceitar, ou seja, passar pela etapa de aceitação. "Sim, eu desenvolvi o distúrbio do Pânico". Nunca 'aceite' sentindo pena de si mesmo: "ah, tenho SP e não posso mais sair sozinho..." NÃÃOOO!!! Aceite, e esteja pronto para enfrentar.


E lembre-se que você jamais estará sozinho: é um trabalho em equipe (você, familia, amigos, EU, médicos e medicamentos [remédio não faz milagre, não use-o como 'apoio', você tem que seguir em frente também, e com os próprios pés!]).


Quer ir ao cinema? Vá! Quer dar uma volta no parque? Vá! Sair com os amigos? Ir à locadora? Ir à escola? VÁ! Não fique pensando: "E se eu tiver um surto? E se acontecer de novo? O que eu farei?" Assim você está predisposto a ter alguma coisa, não é!? Pense somente em como será divertido!


Depois de algum tempo, você já saberá o que pode lhe causar um surto (multidões, escuro, estar só, etc...) e assim, saberá o que fazer e como controlar seus medos. Assim que sentir formigamentos, ou ondas de frio/calor, coração disparado, ou quaisquer outros sintomas, comece a respirar fundo (lembra da respiração diafragmática?), desviar o foco da fobia (pensar em outras coisas, cantar, dizer palavras positivas a si mesmo, etc).


Exercícios físicos também são excelentes para auxiliar no tratamento da SP, segundo consta no documento: CONGRESSO DE FARMÁCIA DE MARINGÁ. 2006. Arq Mudi. 2007;11(Supl 1). [Resumos]- no link abaixo.


Então, não esqueçam: além dos SEALS, nós também conseguimos!!! :D


Até a próxima!!!



-> TRANSTORNO DE PÂNICO: O EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR COMO
TRATAMENTO COMPLEMENTAR (autoria: Viviane Aparecida Pereira dos Santos*, José Luiz Lopes Vieira*) - LINK: http://www.pec.uem.br/pec_uem/revistas/arqmudi/volume_11/suplemento_01/SantosVAP&Vieira.pdf

O que fazer quando alguém está tendo um surto de pânico?

Me refiro ao "ataque" de pânico como 'surto', pois não é algo violento, durante o qual a pessoa se debate, como em um ataque epilético.


O surto de pânico leva alguns minutos até cessar completamente, mas é possível ajudar a pessoa enquanto o surto está acontecendo.


É de extrema importância acalmar a pessoa e desviar o foco do medo. Perguntas como "O que vc está sentindo?" ou "Vc está bem?" devem ser evitadas.
Tente frases como "Está tudo tudo bem!"; "Não há nada que possa machucar você!"; "Logo vai passar!"; "Estou aqui com vc e não vou a lugar algum!".


Segure a mão da pessoa, e olhe sempre nos olhos dela. Puxe outros assuntos que fujam da situação na qual ela se encontra. Fale de animais de estimação, momentos engraçados, conte piadas, comente sobre filmes, qualquer coisa que a faça sair daquele ambiente o qual lhe causou medo. Procure ter um copo de água para quando o surto cessar. Normalmente o surto de SP nos deixa com a boca e gargante secas.


No caso de ser um amigo, namorado(a), irmão, irmã, ou seja, pessoas com as quais vc tem mais intimidade, dê um abraço. Isto realmente me ajuda. Se uma pessoa conhecida me abraça enquanto estou tendo um surto, eu logo me sinto dentro de uma fortaleza e também sinto que nada e nem ninguém podem me atingir de algum modo.


É comum a pessoa começcar a chorar quando o surto está cessando. Em alguns momentos ela pode até comentar sobre estar decepcionada consigo mesma por ter deixado o surto acontecer. Não mostre sinal algum de nervosismo, nem chame a atenção da pessoa que está num surto. Não é por vontade própria que o surto se desenvolve. Tente reconfortá-la.


Bem, essas são dicas vivenciadas por mim, e que realmente me ajudaram e muito!!!!
Espero que ajude vcs também!!!!
Até o próximo post!!!






P.S.: Achei este outro blog também com dicas muito boas: http://fuiaoinfernoevoltei.blogspot.com/

Minha Experiência I

Acredito que todos que desenvolvem a Síndrome do Pânico apresentem alguns dos sintomas da lista da postagem anterior.


Eu já tive vários deles, e acho relevante dividir minha "experiência" com vocês. Pois, foi através dessas situações que eu aprendi onde e como buscar ajuda.


Bem, fui diagnosticada com a SP há pouco mais de 2 meses.
Fui ao Psiquiatra, por que apresentava sintomas como medo excessivo, e 'depressão'.
Ele me receitou medicamentos como o Citalopram e o Alprazolan (por favor, não pratiquem a automedicação! Procure um Psiquiatra e tenha a receita em mãos, e leia a bula. Lembre-se que a medicação pode variar de caso para caso, de pessoa para pessoa!)


No ínicio foi bem esquisito, pois o medo chegava de uma hora pra outra e em situações as quais eu já havia presenciado antes. Tinha medo de ficar sozinha e ir a locais públicos, com grande número de pessoas - AGORAFOBIA - (Segundo o dicionário Houaiss: medo mórbido de se achar sozinho em grandes espaços abertos ou de atravessar lugares públicos). Há princípio o que eu sentia era: formigamento nas mãos e lábios, batimentos cardíacos extremamente acelerados, ondas de frio e calor, respiração ofegante e difícil e boca seca.


Para 'acalmar', eu fazia (faço) a respiração profunda, fecho os olhos e mudo o foco do medo, do que me faz mal. Penso em minha família, amigos, namorado, passeio na praia, procuro rir. Beber água e comer doce, também ajuda!
Falo pra mim mesma que está tudo bem e que eu consigo enfrentar.


Se sinto que me foge do controle, eu procuro amigos, familia ou alguém como um farmacêutico, enfermeira, médico, etc. É importante sempre ter alguém de confiança, mesmo um amigo de escola, que saiba da situação para saber agir na hora que for preciso e trazer segurança a você. A SP é mais comum do que pensamos, e ninguém lhe negará ajuda.


Eu sei que é muito comum a gente pensar "Puxa, mas eu fazia tanta coisa sozinho... E agora nao consigo mais." NÃO! Não é assim que devemos pensar. Conseguimos sim, e é preciso enfrentar esse desafio que é a SP. É difícil, eu sei, e por isso temos que buscar auxílio.


Jamais mude seus hábitos. Não deixe de sair, ir à escola, faculdade, clube, festas. O Mal estar de um surto é passageiro e não vale a pena desistir de tudo por causa de um mal estar passageiro. Enfrente!


Eu não diria iso tudo se eu mesma conseguisse enfrentar aos poucos.


"O sofrimento é passageiro; desistir é para sempre." - Lance Armstrong


Contem comigo, e "bola pra frente"!!!
A gente consegue!!!!!