sábado, 31 de agosto de 2013

SP = FAQ

Oi, pessoal! Voltei! :)

Esta semana fui surpreendida por algumas peguntas frequentes sobre a SP. Decidi dividir com vcs as perguntas e o que eu, como 'panicada', respondi. 

E vcs? Mandem sugestões se quiserem adicionar algo ou discordarem de alguma coisa. 

Beijo da Garothá


  1. Como vc pode dizer que tem a sensação de morte durante um episódio de pânico se vc presenciou ou esteve a beira da morte?
  • R: Certo, realmente nunca beirei a morte, Graças a Deus! Mas durante um episódio de pânico, por mais rápido que este seja, é o que passa na minha cabeça: que vou morrer! Meu coração dispara, minhas mãos começa a suar e fico ofegante, sinto que posso ter um infarto, insuficiência respiratória, que vou morrer! Só consigo pensar nisto, até que o episódio passe e tudo volte ao normal, como se nada tivesse acontecido. Só me sinto um pouco cansada depois, mas é só.
     2.  Por que as vezes vc se recusa a tomar a medicação (muitas vezes benzodiazepínicos, como Rivotril®, alprazolam...)?
  • R: Tenho receio de ficar dependente do medicamento e não conseguir me virar sozinha, controlar minha ansiedade e meus episódios. Tento até o extremo me virar sozinha e, apenas em último caso, recorro à medicação. É uma escolha minha. Cada um, cada um.
    3.  Vc acha que a SP mudou vc?
  • R: Sim, e para melhor, por incrível que pareça. Antes de desenvolver e descobrir a SP eu era demasiadamente egoísta. Tinha vergonha de contar com os outros e achava que tinham obrigação de contar comigo, eu estava indo por um caminho bem chato. Com a SP eu fui obrigada a reconhecer meus limites, a confiar nos outros, lidar com o preconceito das pessoas e a ser autoconfiante. Tive que baixar minha guarda e pedir ajuda.
   4.   Por que as vezes vc prefere não enfrentar uma situação específica que pode te colocar em posição de destaque, ou que te amedronta?
  • R: Eu prefiro contornar estas situações, as vezes, e bem as vezes mesmo, por receio de me sentir mal. O medo da reincidência do quadro inicial da SP é algo que eu ainda não controlo 100% e, por isso, as vezes me poupo de algumas situações que me apavoram. Sei que não devo, mas faço isso as vezes, e só quando isto não irá me prejudicar profissionalmente, etc. (Ex. ir a um lugar novo, sair de casa a noite, etc.)
    No caso de trabalho ou estudo, eu me esforço 500% para passar por cima disso. Muitas vezes eu recorro a um amigo, alguém que confio, para que eu esqueça o foco do medo e troque por um foco positivo. Assim, eu enfrento a situação sem lembrar do medo. 
   5.   Vc já sofreu preconceito por causa da SP?
  • R: Sim, muitas vezes. Existem pessoas que não sabem o que é e como lidar com alguém que tenha a SP. Tem gente que acha que temos "pitís", que somos mimados e fingimos, isso ou queremos nos beneficiar disso. É difícil para nós reconhecer e aceitar que temos SP, por que muitas pessoas se limitam quase 100% e abrem mão de muita coisa. Tem gente que acha que o remédio fará todo o trabalho. E não, nós precisamos sentir confiança. Meus amigos, professores, eles foram comunicados, por mim, sobre a SP. Eu digo que tenho, para, justamente, desmistificar os "pitís" e para que eles saibam como lidar com isso ou com algo que eu venha a ter.
      6.   De onde vc acha que vem este preconceito?
  • R: Da ignorância, da falta de conhecimento. Antes, quem sofria de depressão era tido como "vagabundo". Não foi muito diferente com a SP. Por isso eu comunico as pessoas e criei o meu blog. Procuro divulgá-lo para que as pessoas saibam mais sobre a SP e aprendam a lidar com ela e os pacientes que a tem. Teve até uma chefe minha que acessava o blog toda semana para saber como lidar comigo. É muito bom para eles e para nós, por que podemos desabafar e ajudar outras pessoas, pois qualquer um pode desenvolver SP, né!?
     7.   O que vc recomenda para alguém que acha que tem, ou que descobriu a SP?
  • R: Recomendo o que deu certo para mim. Procure um psiquiatra, converse com ele e busque alternativas de tratamento. Se vc não sentir confiança no médico, não continue a se tratar com ele. Confiança é essencial! Tenha em mente de que o tratamento medicamentoso corresponde há 25% do tratamento apenas. Terapia, qualquer que seja, corresponde a outros 25%. Ter uma pessoa confidente, que te ajude e que te dê segurança, mais 25%. Confiar, acreditar em vc e enfrentar seu medo, aos poucos, claro, aos últimos 25%.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Email


Boa noite, pessoal!!!!!!!!

Recebi um email muuuito interessante de uma de nossas leitoras. Ela também faz postagens no www.sindromedopanico.com.br.

Ela mandou um infográfico com os principais sintomas da SP. Achei muito legal a iniciativa dela e decidi não só compartilhar o link do site, como também o infográfico.

Patricia, muito obrigada por dividir conosco esse material excelente!!!!! Acessem o site pessoal, e enviem emails e sugestões sempre que quiserem!!!

Beijos da Garothá



















































segunda-feira, 29 de abril de 2013

Get up and try!

Olá, pessoal!

Depois de algum tempo eu resolvi dividir com vocês mais uma conquista.

Vejam, a SP é uma condição que, como o diabetes, teremos sempre conosco, mas é possível controlá-la.

Não vou dizer que estou "mestre no controle", mas eu estou conseguindo.

Há pelo menos 6 meses não tenho absolutamente nenhum sinal da SP. É claro que ela tenta, mas eu não deixo. E é exatamente por isso que resolvi dividir:

Meu terapeuta me disse uma vez que a única pessoa que realmente poderia me ajudar a enfrentar a SP era eu mesma. No início eu pensava: "Puxa, é uma bela filosofia mesmo".

Acontece que não precisa ser apenas uma filosofia. Não é fácil enfrentar o leão que nos espera a cada esquina. Porém, este leão é fruto do nosso pensamento e, este pensamento, pode ser controlado por nós.

Quando começarmos a nos sentir vulneráveis, sentir aquele friozinho característico do medo, desconverse. Ocupe-se! Pode ser desde a brincar do computador, a sair e dar uma espreguiçada bem gostosa.

Comece a argumentar com sua mente, assim como ela faz com você. NÃO DEIXE que algo que podemos controlar, controle você.

Tenho feito isso e garanto que, mesmo não sendo tão fácil como parece, funciona.

Beijo da Garothá

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O retorno da Garothá

Enfim, de volta pessoal!

Senti saudade de postar aqui meus momentos.

Vamos a eles?

Bem, 2012 foi um ano em que me tornei mais segura e confiante. Tive alta do tratamento da SP em janeiro e fiquei o ano bem. Sem crises, mantendo a terapia e muito mais livre. Viajei, saí sozinha, andei de ônibus, fui pra balada, fiz prova sem estudar...

Porém, eu acabei ignorando meus limites e cá estou eu na medicação novamente. Talvez eu tenha tentado correr mais rápido do que minhas pernas (curtinhas, por sinal) conseguem, ou o pensamento adolescente de "imortalidade" tomou conta de mim novamente. 

A SP é controlada, como uma hipertensão ou diabetes, mas é algo, uma cicatriz, que carregaremos conosco. Todos nós temos nosso limite de stress, de cansaço e DEVEMOS saber respeitar isso. Eu ousei além. Quis enfrentar meus medos todos juntos, de cara, e não deu muito certo. Por isso divido com vocês.

É difícil enfrentar uma recaída, pessoal, mas é assim que o barco segue. Ora mar tranquilo, ora tempestade. Não vou dizer que fiquei contente em retomar o tratamento, mas eu sei que este tempo irá me preparar para mais um período de alta, de descoberta. Respeite seu limite. OUSE SIM! Enfrente seus medos, mas também dê-se um tempo para refletir e se recuperar, pois a gente sabe que enfrentar um medão cansa, né?

Descubra aos poucos que, na verdade, nunca deixamos de ser nós mesmos. Tive uma conversa séria com uma amiga queridíssima, a Cris, que também tem SP e eu disse a ela:

- Tenho medo de não conseguir realizar meus sonhos por causa disso. De não conseguir mais voar.

E ela me disse, sem pestanejar:

- Medo é normal. É saudável. O excesso dele, não. Olhe em volta tudo o que você conquistou antes e depois da SP: vc lutou, sempre, com ou sem SP. Ou seja, este é mais um desafio a ser superado. Está com medo de ir a um restaurante? Pense que se algo acontecer tem mais gente pra te acudir, e VÁ! Tem medo de ir ao cinema? Foque-se no filme e se divirta! Não deixe de ser feliz por conta de 1 hora em que vc se sente mal. Eu trabalho, saio, tenho amigos, uma familia que me ama e apóia, me amo! VIVA! AME-SE! Desafios são constantes, e os pássaros caem muito do ninho até voar alto. Pense nisso.

E, assim, eu me despeço de vocês, queridos seguidores e leitores. Acho que o que a Cris disse foi suficiente pra mim. :)

Beijo!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Momento Lúdico Musical

Boa noite, pessoal!
Agora há pouco eu estava voltando da faculdade e ouvi algumas músicas que me ajudaram a ganhar força e enfrentar a SP. Cheguei a ficar emocionada...


Certos trechos de canções de amor, brigas, etc., viraram partes de um hino para mim.


Abaixo eu coloco alguns trechos de músicas e poemas que mais marcaram minha luta e me ajudaram.


Adele - Turning Tables
Trecho: "Next time I'll be braver
I'll be my own savior
When the thunder calls for me
Next time I'll be braver
I'll be my own savior
Standing on my own two feet"

Kelly Clarkson - What Doesn't Kill You (Stronger)
Trecho: "What doesn't kill you makes you stronger
Stand a little taller
Doesn't mean I'm lonely when I'm alone"

Oswaldo Montenegro - Metade 
Trecho: "Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio..."






segunda-feira, 28 de maio de 2012

Psicofarmacologia de antidepressivos

É sabido que quando descobrimos e somos diagnosticados com a SP, o psiquiatra nos prescreve antidepressivos.

Pesquisando sobre esses medicamentos eu encontrei um artigo muito interessante sobre Psicofarmacologia de Antidepressivos. Abaixo eu coloco os resumos em português e inglês e o link para vocês acessarem.

Beijo!!!


"RESUMO
O advento de medicamentos antidepressivos tornou a depressão um problema médico, passível de tratamento. Nas últimas cinco décadas, a psicofarmacologia da depressão evoluiu muito e rapidamente. Os primeiros antidepressivos – os antidepressivos tricíclicos (ADTs) e os inibidores da monaminooxidase (IMAOs) – foram descobertos através da observação clínica. Os ADTs apresentavam boa eficácia devido à sua ação, aumentando a disponibilidade de norepinefrina e serotonina. Seu uso foi limitado em função do bloqueio de receptores de histamina, colinérgicos e alfa-adrenérgicos que acarretavam efeitos colaterais levando à baixa tolerabilidade e risco de toxicidade. Da mesma forma, o uso dos IMAOs ficava comprometido em função do risco da interação com tiramina e o risco de crises hipertensivas potencialmente fatais. A nova geração de antidepressivos é constituída por medicamentos que agem em um único neurotransmissor (como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina ou de noradrenalina) ou em múltiplos neurotransmissores/receptores, como venlafaxina, bupropion, trazodona, nefazodona e mirtazapina, sem ter como alvo outros sítios receptores cerebrais não relacionados com a depressão (tais como histamina e acetilcolina). Este artigo revisa a farmacologia dos antidepressivos, particularmente quanto ao mecanismo de ação, farmacocinética, efeitos colaterais e interações farmacológicas.

DESCRITORES
Psicofarmacologia; antidepressivos; mecanismo de ação; efeitos colaterais; farmacocinética; interação farmacológica

ABSTRACT
Antidepressant drugs turned depression into a treatable medical problem. In the last five decades, the psychopharmacology of depression has evolved rapidly. Early antidepressants – tricyclic antidepressants (TCAs) and monoamine oxidase inhibitors (MAOIs) – were discovered through clinical observation. The TCAs exhibited good antidepressant efficacy due to the enhancement in serotonin and norepinephrine availability. Its use was limited because of unwanted side effects and toxicity risk related to the blockade of histaminergic, cholinergic and alfa-adrenergic receptors. MAOIs can interact with tyramine to cause potentially lethal hypertension and present potentially dangerous interactions with various medications and over-the-counter drugs. The new generation of antidepressants includes the single-receptor selective serotonin or norepinephrine inhibitors and the multiple-receptor-acting antidepressants, such as venlafaxine, bupropion, trazodone, nefazodone, and mirtazapine. They do not act on other receptor sites not related to depression (such as histamine or acetilcholine). This paper reviews the pharmacology of antidepressants, including its mechanism of action, pharmacokinetics, side effects and drug-drug interactions.

KEYWORDS
Psychopharmacology; antidepressants; mechanism of action; side effects; pharmacokinetics; drug interactions"




MORENO, R. A., MORENO, D. H., SOARES, M. B. de M. Psicofarmacologia de Antidepressivos. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.21 s.1 São Paulo. Maio, 1999.
Acesso em: 28 de maio de 2012.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

É síndrome do pânico?

Olá, pessoal!!! Recebi um email de um jovem de São Paulo me perguntando se os sintomas citados por ele, indicavam-no como mais uma vítima da SP. Achei bem interessante tudo o que ele colocou e ao fazer minha pesquisa encontrei um teste da editora abril que ajuda você a saber se você tem chances de desenvolver o transtorno.

Claro, é um teste, então não deve ser considerado como diagnóstico final. Porém, o interessante é que ao fim do teste, no quadro de resultado, há dicas de tratamento dadas por um médico psiquiatra.

Fica a dica.

Teste no site:  http://mdemulher.abril.com.br/saude/testes/prevencao-trata/teste-sindrome-panico-430131.shtml?page=0